Ela
dança em meio a multidão, suando como se estivesse se entregando ao mundo. Com
os olhos puros e os saltos pontiagudos ela se move na pista, não pensa nas
coisas como acontecem, ela simplesmente dança sem medo. Tomando tequila atrás
de tequila e rebolando seu quadril.
Os
garotos simplesmente são atraídos por sua linguagem corporal, eles olham,
encaram e ficam loucos. Contam coisas quentes e sorrisos maliciosos, todos atrás
de seu corpo. E ela sabe, ela vê como desperta a paixão nos homens, a paixão desenfreada
do sexo e o amor por uma noite.
Ela
caminha pelas estradas, enxerga todas as coisas em raios de quilômetros, dança,
dança e dança, acompanhada pelas sombras de seus antigos homens. “As coisas são
assim, elas sempre foram assim”, ela insistia em pensar firmemente que era
forte, e realmente era, andando por aí sozinha, ou até mesmo acompanhada por
homens de uma única noite.
Independente
e feliz, dançarina e prostituta. Mulher da noite, dona da noite. Esta era ela
enquanto todas outras ficavam em casa. A garota continuava a entender que não
era uma mulher comum, ela era a segunda mulher ou a mulher por uma noite.
Ela
dançava pelos salões
Desfilava
pelos corredores
Virava
doses e doses de tequila
Instigava
os homens,
Trazia todo
o poder sexual consigo
Era a
mulher que queria ser
Independente
ao seu modo
Acompanhada
ou sozinha ao seu modo
Mais no
fim era mais uma mulher, perdida em seu caminho e carente dos sentimentos
profundos.
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