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Lindo lugar





                Já era tarde, a estrada estava vazia e o sol aquecia toda aquela pele branca. Com calça jeans e camiseta branca assim como James Dean ele percorria as estradas. E a cada quilometro seu peito se enchia de ar, liberdade. A vida havia sido tão dura, mas agora ele estava ali, de pé mesmo sem rumo havia um destino. Busca por si mesmo.
                Havia parado no posto de gasolina, o cheiro de lavanda consumia todo o local, típico do Arizona. Seus olhos puros percorreram o pequeno espaço entre o carro e local de abastecimento, um homem turvo, um tanto calvo havia o recepcionado. Com barbas longas e uma voz rouca:
                ­– Quanto quer senhor?
                – Pode encher o tanque. – Uma expressão de mistério e ao mesmo tempo alegria se fazia presente em seu rosto.
                – Viajem longa?
                – Talvez! Bom vou na lojinha ali qualquer coisa me chama, e encha de agua pra mim ­?
                – Sim senhor.
                Caminhou para dentro da loja, observou a garota no caixa e deduziu que podia ser a filha daquele senhor no posto. Andou por todo o espaço e pegou alguma barras de chocolate, cereais e uma cerveja.
                – Oi garota. Pode passar isto para mim?
                – Sim, o senhor é que manda.
                – Senhor? Não cheguei nem aos trinta. –  sorriu com tranquilidade, largando todas as outras preocupações.
                – A... Qual o seu nome. – a menina passava os alimentos um a um sem parar de olhar para o rapaz.
                – Jone, Joe, James, Dean. James Dean? Quem se importa ?
– Eu! Mas não tem problema, não vou me casar ou qualquer coisa assim. – ela sorriu e continuou. – Pra onde o Sem Nome vai?
                – Quem sabe a sua cama?
                – Acho que não, não sei o seu nome. Senhor  Sem Nome.
                – Meu nome não importa, meu dinheiro não importa, nem você. O que importa sou eu, a estrada essa cerveja e meu carro. – disse ele enquanto deixava o dinheiro e pegava a sacola e saia do local.
                Passou pelo senhor e deu-lhe o dinheiro, silenciosamente caminhou para o carro. Ligou o carro e ouviu a musica era inevitável dirigir e não dizer:
                It's a beautiful place if we make it

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