"Não há o que se espera, não há o que se pensar, simplesmente se é. O inegável e o cru amor."
Seu
corpo ergueu, envergou-se como um cisne. Ela estava presa em seu inverno. Presa
cada vez mais em si mesma. Com os olhos marejados e a alma frágil tentou
sorrir, lembrar a si mesma de que o pior já havia passado, mas convencer-se
disto era pesado demais, forte demais. Era apenas uma garota que havia perdido
seus sonhos em uma esquina qualquer.
Caminhou
até a porta do banheiro e outra vez tentou sorrir. Dessa vez ela se olhou no
espelho, estava c completamente sonolenta e pouco a pouco ia se dando conta que
vestia a camiseta dele. O cheiro único do garoto estava lá. Com um pouco de
dificuldade pegou uma parte da camisa e sentiu-a por entre os dedos, puxou-a
até seu nariz e enfim a sentiu, aquele cheiro engraçado, meio suou ou até mesmo
fragrâncias baratas.
A
sonolência a deixou e um sorriso bobo agora se fazia em seu rosto. Estava na
cozinha, tomava aquele mesmo iogurte de sempre, era uma verdadeira garota num
corpo de mulher. Seus pensamentos estavam fixados nele, naquele poder sedutor,
com um sorriso tão intimo e acolhedor.
A porta
havia sido aberta, enfim ele estava de volte e nesse momento todo o medo se
foi, toda a fragilidade deu lugar ao sentimento sublime de proteção. Era amor,
paixão, aquela paz que só ele podia trazer para dentro daquela casa, para
dentro do coração daquela garotinha.
– Bom
dia amor! – ele disse enquanto tirava as compras da sacola.
– Bom dia...
– ela ainda estava envergonhada por ter pensado que ele não voltaria.
–
Aposto que pensou que eu não voltaria. Não é?
– Claro
com você tudo é imprevisível, totalmente inseguro – sua face apenas transmitia
aquela vergonha boba e insegura.
– Você
sabe, não sou mais aquele garoto.
– Sim,
eu sei.
– Então
por que temer tudo? – enquanto ele
falava aos poucos já a abraçava, passava a mão pelos seus cabelos e continuava
a fazê-la tremer.
– Não sei
com você me sinto frágil, vulnerável mais ao mesmo tempo sinto um amor infinito
e uma grande entrega.
–
Falando assim você fica parecendo aquela nossa e professora. – seu sorriso e olhar fez com que a garota
simplesmente o abraçasse mais forte. –
Eu não vou sair daqui, não vou lhe deixar nem sumir. Eu sou seu e apenas isso
ou tudo isso, o que você quiser.
– Te
amo!
–
Também te amo.
Saíram
de casa, andaram pelas ruas, abraçados e continuamente sorriam como se fosse
aquela primeira vez, aquele primeiro momento em que se encontraram, amavam-se
mais do que qualquer coisa.
Gostei dmais ! ta de parabens brother
ResponderExcluir