Corrida


Corria aflito, para um fim que não conhecia, não me interessava por mais nada a não ser o fim do percurso. Parecia meu carma, agüentar coisas das quais não fui preparado. Ainda acho que sou um estranho e que o mundo me observa e despreza. As vezes o medo me toma, a solidão da lugar a esperança e o amor que sinto pelas coisas simplesmente some.

Sinto que chove, o meu coração esta preso a uma tempestade, lembro-me da época que meu coração era marcado por prédios, industrias e cheio de pessoas mas agora não sei por quê mais ele está repleto de casinhas. Pequenas casinhas sem graça alguma, são como casas abandonadas, as pessoas já não vivem no meu coração. Eu as abandonei, ou elas simplesmente afastaram-se de mim?

Eu me lembro da época em que via as crianças correndo pelo interior da minha alma, quando eu ainda era inocente e nada me abalava, nada me punha medo. É estranho mais acho que perdi a fé, não em mim mais nas pessoas que juram amor eterno, as que fingem parecer amigas, irmãs.

Eu ainda corro, realmente me sinto cansado apenas continuarei correndo gastarei as energias o máximo possível eu não ligo eu só quero parar, vou parar, aos poucos volto ao normal, aos poucos as estrelas que estão escondidas pelas nuvens vão voltar a brilhar.